Comissão
Processante julga procedente denúncias de jornalista e pede cassação do
vereador João Braz
Pelo placar de dois votos a um a Comissão
Processante (CP 01/2014) aprovou nesta segunda feira (17) o Relatório Final em
que julga procedente as denúncias apresentadas pelo jornalista Adail Barbosa da
Silva, em desfavor do vereador João Teixeira Filho, vulgo João Braz. Nesse
contexto restaram comprovadas a falta de decoro na conduta pública do vereador
que utilizou a tribuna da Câmara Municipal da Estância Turística de
Paranapanema para atacar a honra do jornalista, imputando-lhe falsamente a
prática de crimes previstos no Código Penal. A CP confirmou também o tráfico de
influência praticado pelo vereador João Braz em benefício de familiares, os
quais teriam recebido vantagens financeiras indevidas através de recursos
oriundos dos cofres públicos do município de Paranapanema.
VOTAÇÃO
Apesar das provas abundantes das infrações
administrativas praticadas pelo vereador João Braz, ao término do processo
investigatório o vereador/relator Osmar Gonçalves (PV) apresentou relatório
pedindo o arquivamento dos trabalhos da Comissão Processante. No entanto, sua
nebulosa intenção quedou inerte diante dos votos favoráveis ao relatório os vereadores
Otávio Aires de Melo (Presidente) e Afonso Aires de Melo (Membro)
PLENÁRIO
De acordo com a legislação vigente, encerrada
a instrução do processo investigatório a Comissão Processante deve encaminhar o
processo e o Relatório Final para o presidente da Mesa Diretora, e respectivas
cópias para o Tribunal de Contas do Estado e também para o Ministério Público
Estadual. Para que a denúncia seja efetivada, o julgamento no plenário da
Câmara vai precisar do voto de 2/3 dos vereadores, ou seja, de 6 votos para a
aprovação do relatório e conseqüente cassação de mandato do vereador João Braz
em rito sumário. Em caso de absolvição, competirá ao presidente da Casa de
Leis, Leonardo Araújo, arquivar o processo.
JUDICIÁRIO
O relatório está fundamentado nas denúncias
comprovadas por depoimentos das testemunhas arroladas tanto pelo denunciante quanto
pelo denunciado, e principalmente, pelas provas documentais reunidas durante a
apuração das denúncias. Tendo em vista o encaminhamento de cópia do processo
investigatório e respectiva conclusão à Promotoria de Justiça, em virtude da
abundância de provas testemunhais e documentais acostadas aos autos, o MP
poderá instaurar Inquérito Civil e, consequentemente, o vereador João Braz e
demais pessoas envolvidas nas irregularidades poderão denunciados à Justiça por
crime de improbidade administrativa.
População de Paranapanema se mobiliza para protestar contra
a impunidade
A atuação da imprensa se impõe como
necessária em favor do resgate da ética na vida pública, por não poder mais o
município suportar tantos atos de corrupção acobertados pelo manto da
impunidade. Nesse contexto, o jornalismo investigativo torna-se os olhos e a
voz dos cidadãos e cidadãs paranapanemenses que clamam pelo resgate da ética e
da moralidade pública. Por esta razão a pressão popular e política pela
aprovação em plenário do relatório que fatalmente culminará com a cassação de
mandato do vereador João Braz, ganhou corpo junto a população e lideranças
políticas local.
O objetivo da mobilização que há dias vem
ocorrendo em vários pontos da cidade é reunir o maior número possível de
cidadãos e cidadãs na Sessão Plenária especial marcada para as 16h desta
quarta-feira (19/08) que será instalada para a votação do Relatório Final da
Comissão Processante que apurou e julgou procedentes as denúncias de
irregularidades praticadas pelo vereador João Braz.
De acordo com a opinião de lideranças políticas e
de representantes da sociedade organizada, nesta quarta-feira os vereadores
paranapanemenses terão uma oportunidade ímpar de dar o ponta-pé inicial numa
faxina ética e moral na Câmara Municipal de Paranapanema. Os cidadãos de bem
desta cidade não suportam mais conviver com a corrupção e os desmandos
administrativos que há décadas vem transformando este Parlamento Municipal num “mar
de lama”.
De acordo com os formadores de opinião, este é o
momento oportuno para dar um basta na sucessão de atos de improbidade
administrativa praticados pelo vereador João Braz que envolve, entre outros
escândalos, a farsa do cheque de R$300
mil; a farsa do Circular do Povo; instalação do cabide de empregos denominado
sub-câmara; adulteração de projeto de lei para aumentar o número de
funcionários da Câmara e tráfico de influência para beneficiar familiares em
detrimento da dilapidação dos cofres públicos.
Nesta Sessão Especial em que os votos serão
nominais (em aberto) os eleitores terão tambem a oportunidade de identificar os
vereadores realmente comprometidos com o resgate da moralidade pública, e os que
compactuam com a bandalheira, com os desmandos administrativos.e com a
impunidade.
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