“Promessas
vazias”
Durante as campanhas eleitorais os candidatos ao Executivo (municipal, estadual ou federal) dizem sempre a mesma cantilena sobre priorização e investimento em saúde e educação, porém, somente nos discursos. Nesse contexto, Lula Dilma e Alckmin não fugiram à regra.
Tanto
na campanha de 2000 quanto na campanha de 2004, educação era prioridade no
discurso do então candidato à presidente da República pelo PT, Luiz Inácio Lula
da Silva. No início de 2008, quando reeleito presidente para a gestão
2005/2008, encaminhou ao Congresso Nacional uma mensagem cujo destaque seria a
prioridade nas áreas de segurança, educação e saúde. "O Brasil está no
rumo certo", acrescentou Lula ao texto que foi entregue pela
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e lido pelo primeiro-secretário
do Congresso, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Apesar
de a educação ter sido alçada à condição de prioridade máxima do seu segundo
mandato por Dilma que adotou o lema "Pátria educadora" para iludir os
incautos, logo após a vitória nas urnas a presidente deixou cair a máscara.
Tanto a educação como a saúde, dois calcanhares de Aquiles do governo federal,
foram as duas áreas mais afetadas pelo Decreto Presidencial editado pela
presidente, publicado no Diário Oficial da União. Nesse contexto, a pasta da
educação sofreu corte da ordem de R$ 1,9 bilhão por mês.
De
acordo com publicação do DOU, juntos, os ministérios da Saúde e da Educação
foram os principais alvos de um corte adicional de R$ 8,4 bilhões, cujo
montante do corte total no orçamento federal referente aos 39 ministérios, foi
da
ordem de R$ 8,6 bilhões. Segundo informações divulgadas pela mídia em 22/05/
2015, a Saúde teria tido o maior corte em seu orçamento, ou seja: R$ 1.7
bilhão. Em seguida viria a Educação, com R$ 1.165 bilhão. Ainda segundo a
matéria jornalística, o corte total de despesas para o orçamento da união para
2015 seria de R$ 69,946 bilhões, incluindo um corte de R$ 9,4 bilhões em
Educação e R$ 11,8 bilhões em Saúde. De acordo com o periódico, as informações
teriam sido fornecidas pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda.
Na sessão
de posse, na manhã do dia 1° de janeiro de 2015 na sede da Assembleia
Legislativa de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin destacou avanços no
saneamento das finanças do estado e citou investimentos da ordem de R$ 74
bilhões nos últimos quatro anos, com destaque para as áreas de transporte,
saúde e educação, áreas de segurança, educação e saúde.
Em
setembro deste ano editou o Decreto n° 61.466 publicado no DOE de 03/09/2015 que
dispõe sobre a admissão, a contratação de pessoal e o aproveitamento de
remanescentes na Administração direta, indireta e fundacional do Estado.
Decreto esse, taxado pelos professores da rede de educação básica paulista como
“mais um decreto autoritário oriundo do gabinete do senhor governador Geraldo
Alckmin”.
Segundo
os docentes, o decreto veda a admissão e contratação de funcionários públicos,
bem como o aproveitamento de remanescentes de concursos. De acordo com os
docentes insatisfeitos, somente em casos excepcionais, com devidas
justificativas fundamentadas por parte dos dirigentes e responsáveis, e
encaminhadas ao próprio governador, é que este quadro poderá apresentar
mudanças.
Ressaltou
um porta-voz dos educadores, que a justificativa do governo é de que as medidas
contidas no aludido decreto decorrem da crise orçamentária pela qual estaria
passando o Estado de São Paulo, e que estriam diretamente relacionadas à
cartilha proposta pelo governo Dilma que vem adotando, desde o início do ano,
por meio do documento “Brasil: Pátria Educadora”, uma série de cortes na área
educacional. Somente este ano a educação sofreu com um corte, tanto em números
absolutos quanto proporcionais, de R$ 9,4 bilhões.
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