domingo, 23 de junho de 2013

Fato inédito em Angatuba: estudantes defendem seus direitos e se manifestam contra irregularidades na prefeitura

junho 15th, 2013 | Author: airantunes

Cartazes nas mãos, nariz de palhaço e microfones nas mãos, esses foram alguns dos aparatos usados por jovens estudantes de
Angatuba que foram à praça Monsenhor Ribeiro (da matriz), na manhã deste sábado, em pleno horário da feira livre, para  manifestarem em favor de seus direitos enquanto discorreram, com toda energia, sobre irregularidades e desmandos da atual administração municipal. Reiterando, os estudantes começaram a se mobilizar  ontem, sexta-feira (14/6), contra a votação, na Câmara Municipal , que aprovou o Projeto de Lei 21/2013, do Executivo, que reduz subsídios que lhes permitem viajar diariamente  para as faculdades onde estudam em outras cidades. Leia matéria no link: http://airantunes.com.br/?p=13093.


Na praça, com munícipes na plateia, em sua grande maioria contrários à forma de como é conduzida a prefeitura na atual administração, ou que já estiveram ao lado do prefeito Carlos Augusto Turelli (PSDB), o Calá, e hoje estão desiludidos diante de atitudes que extrapolam a normalidade, estudantes se revezaram ao microfone para, além de evocar os seus direitos, enumerarem erros existentes na prefeitura, como o abuso das diárias, ou adiantamentos para viagens de assessores, dentre elas o de Marcelo Camilo no valor de  R$ 92.122, 95 apenas em 2012; o do pagamento  da arbitragem do futebol amador local (R$ 75.090,00);  do salários de alguns assessores que ao menos tem alguma qualificação e ninguém sabe aonde são lotados, como o de Márcio Orsi, de R$ 5 mil, valor que até valeu um coro entoado por todos presentes; das festas ostentativas que a prefeitura realiza, dentre elas a do peão de rodeio, como se isso bastasse para o povo estar feliz e amando o prefeito sobre todas as coisas; e da ostentação de assessores municipais que compram caminhonetes  de luxo, terras, bois, que constroem casas incompatíveis  para o salário de um funcionário municipal mesmo que chefe de algum setor, etc.
Com relação à festa do peão, algo tido pela atual administração como cultura,  a todo pulmão estudantes, professores, munícipes em geral entoaram o coro, “Mais Educação, menos festa do peão,  mais educação, menos festa do peão…”, assim como a própria música de campanha de Calá apresentada como parâmetro entre o que foi prometido na época e o que jamais foi realizado (quase tudo  praticamente). Os estudantes requisitaram a presença do prefeito ou de algum representante da prefeitura para dar uma explicação sobre o projeto, mas ninguém do padrão tucanato local se apresentou. Enquanto isso,  esporadicamente, foram apresentados os nomes dos vereadores Renato Gomes (PPS) , Nenê Noel (DEM), Vanuza de Oliveira (DEM) e Maria Teresa Rodritgues Menke (PSDB) que votaram pela a aprovação do projeto do Executivo,  e a cada menção de cada um dele uma sonora vaia era estampida. As vaias também não pouparam os nomes do presidente da Câmara, André Luiz Nunes Ferreira e do vice-prefeito João Luiz Meira.   Por outro lado, houve aplausos para os nomes de Jr. Palmeirense (PMDB), Bruno Santi (PSC) e Pedrinho da Ótica (PSDB), por terem votado contra o projeto.


Com a não chegada do prefeito, ou de algum representante, os estudantes decidiram sair em passeata, da praça seguindo até a altura do Pelotão da Polícia Militar, na avenida Ludovico Homem de Góes, para obstruírem a entrada da cidade ate que  alguém  da prefeitura fosse negociar com eles.


Afora a questão exclusiva do direito dos estudantes, o que se ouviu muito entre munícipes presente na praça, foram comentários como, “o povo está  abrindo o olho”; “o povo está perdendo o medo de se manifestar”; ou  sugestões para que manifestações  similares deveriam acontecer por outras questões, igualmente, como contra atos de corrupção,  contra depredação ao meio ambiente (nesta semana por exemplo continuou sendo enterrado lixo reciclado em local específico de lixo orgânico); contra o abuso praticado com o dinheiro público, etc.


Sobre o PSDB local, correu solto entre os munícipes a incidência de que a gestão atual da prefeitura começou a cavar sua própria sepultura, muito profunda por sinal, e foi destacado também que a atual administração usou e abusou do autoritarismo, da intimidação,  e tudo isso até com blindagem de autoridades  estranhas ao Executivo,  que jamais deveriam tomar assento no conluio de irregularidades, de fraudes, etc.


Até o fechamento desta matéria, por volta das 15h45, os estudantes continuavam estacionados na avenida Ludovico Homem de Góes, quando já tinham recebido e repudiado a proposta do prefeito, enviada através do seu assessor Marcelo Camilo,  de marcar uma reunião para o dia 24 de junho.


Terceiro dia de protestos em Angatuba. Estudantes voltaram à Câmara Municipal para manifestação em sessão ordinária na segunda


junho 18th, 2013 | Author: airantunes


A manifestação inédita iniciada na sexta-feira, com uma pausa no domingo, continuou nesta segunda-feira (17/6), quando estudantes angatubenses voltaram à Câmara Municipal em plena sessão ordinária para protestarem contra o Projeto de Lei 021/2013, do Executivo,  que dispõe sobre os subsídios para o custeio de suas viagens até as faculdades ou escolas técnicas em nas quais estudam em outras cidades.


Durante a sessão, com plenário lotado, os estudantes, à exemplo de sábado, portaram cartazes com palavras de ordem em favor de suas reivindicações. Os vereadores situacionistas, acuados, foram vaiados o tempo todo, desde o transcorrer da sessão até suas saídas do prédio da câmara após o término dos trabalhos legislativos.  Enquanto isso, mantiveram-se os aplausos para os vereadores Bruno Américo Santi (PSC), Jr. Palmeirense (PMDB) e Pedrinho da Ótia (PSDB) que votaram contra o projeto.



Segundo fonte, diante da pressão exercida pelos estudantes, o prefeito Carlos Augusto Turelli (PSDB), que não estava na sessão, marcou audiência com uma comissão de estudantes em seu gabinete, hoje, terça-feira, às 10 horas, fazendo assim uma das poucas aparições diante de um público (que não é o seu logicamente) desde que assumiu pela segunda vez a prefeitura de Angatuba.

Apesar de todo assédio dos estudantes, a manifestação vem sendo considerada pacífica, inclusive o vereador Bruno, em contato com os manifestantes na saída da Câmara, os elogiou por estarem mantendo postura que não configura violência alguma, ao contrário do que ocorre nas manifestações que estão ocorrendo atualmente em São Paulo, Rio de Janeiro,  e em outras capitais do país. Um vereador situacionista teria reclamado de ter sofrido uma pequena agressão, mas à imprensa não chegou ainda qualquer informação que comprove esse fato.

A manifestação, que continuou neste seu terceiro dia, tem sido enaltecida por todos aqueles que defendem uma população politizada,  isenta de qualquer alienação, que defendem a liberdade de expressão assim como o direito de uma categoria reivindicar  um benefício ao poder público que, por sua vez,  é quem administra o dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.



Já por outro lado, vários defensores do executivo municipal o defendem no anonimato, usando site de relacionamento  para atacar pessoas com palavras vulgares, com termos de baixo calão, com desrespeito, e mesmo no blog do jornalista Air Antunes, pessoas chafurdadas na covardia, nos argumentos chulos, nos mais variados pseudônimos, buscam ridicularizar cidadãos que democraticamente também se solidarizam nas manifestações, assim como buscam depreciar o jornalista por exercer o seu papel de noticiar o fato de interesse público da forma que o mesmo realmente aconteceu. Uma grande baixaria pode-se dizer assim, algo de nível rasteiro, ordinário, algo vindo de típica pessoa  suja e que rebate porque, provavelmente, usufrui de benesses da atual administração municipal, é um perfil  denominado  “Angatuba Salve Angatuba”,  no Facebook, inclusive com o Brasão oficial do município,  que detona pessoas que estiveram nas manifestação na praça e na passeata, ridicularizando-as, ofendendo-as.  O autor, cuja identidade é desconhecida, usa uma forma de protagonizar bem típica de defensores do atual prefeito, aliás, ele  que nunca tem alguém dando às caras com o nome verdadeiro como seu defensor. Uma pergunta que correu solta nestes dias de manifestações: “será que o prefeito vai fazer boletins de ocorrência, os famigerados BOs, contra esses estudantes todos, com todas essas pessoas que participam da manifestação?”


 

Estudantes 1 X Prefeito 0

Executivo angatubense promete manter percentual dos subsídios de viagens para quem estuda fora

junho 22nd, 2013 | Author: airantunes
Estudantes angatubenses realizaram uma manifestação jamais vista em nível local, no sábado passado, como forma de protestar contra o Projeto de Lei 021/2013 do Executivo municipal aprovado no dia anterior pela Câmara dos vereadores, pelo placar de 4 a 3, que reduzia os subsídios para os estudantes que estudam em outras cidades. A manifestação da qual participaram também professores, pais de alunos, alunos que ainda estudam no município, funcionários municipais, munícipes em geral, deu resultado. Como foi anunciado pelo próprio prefeito Carlos Augusto Turelli (PSDB), o Calá, em entrevista concedida à TV Tem Itapetininga, ele estava voltando atrás e continuaria mantendo o subsídio de 80% de acordo exigiam os estudanters. Há quem diga que esta decisão do prefeito deveu-se a pressão de vereadores situacionistas que aprovaram seu projeto.
Na reunião da manhã de terça-feira passada, após a continuidade da manifestação da noite anterior, na câmara municipal durante e depois da sessão ordinária, quando estudantes lotaram o plenário da casa de leis , acirrando palavras de ordem em favor de suas reivindicações, o prefeito ainda não estava garantindo a manutenção do percentual de 80%. Apresentou proposta na qual os estudantes ainda pagariam 50%, porém, no início da noite o prefeito anunciou na TV Tem o percentual de 80%. Estudantes afirmaram que voltariam a se manifestar neste sábado caso não houvesse o recuo do prefeito.

Como manter o subsídio?
Para manter os 80% ,a prefeitura de Angatuba terá uma ajuda da Câmara Municipal, que deverá disponibilizar verba próxima ao valor da metade do custo do subsídio. Esta atitude da Câmara, segundo ex-vereadores e ex-presidentes , é inconstitucional. É certo que a câmara após o fechamento de um ano legislativo acostuma devolver valor excedido ao Executivo, o que não é obrigado, mas nunca da forma sugerida agora sem que o ano tenha terminado. De qualquer forma, a câmara está propensa a colaborar com a prefeitura neste momento.

Abuso econômico e promessa eleitoreira também motivaram o impasse
O prefeito de Angatuba, diante de uma crise econômica (segundo fontes os cofres públicos andam zerado), poderia estar menos assediado por pressões como esta, porém toda manifestação dos estudantes foi motivada também pelo fato de que, além de sofrerem o risco de ter que parar de estudar, eles são cientes de que a prefeitura tem protagonizado abuso econômico em dimensão jamais vista no município com o dinheiro público. Os estudantes sabem que o subsídio para eles estudarem não sofreria risco algum caso a prefeitura não estivesse pagando adiantamentos de viagens para assessores, em valores impraticáveis para uma cidade de 23 mil habitantes; se não pagasse taxas de arbitragens para o esporte amador local no valor de R$ 75.090,00 em apenas um ano; se não praticasse salários absurdamente altos para os gestores públicos locais (prefeito, vice-prefeito, secretários, assessores), se não realizasse gasto faraônico com a festa de aniversário da cidade enquanto setores vitais estão à míngua; se não praticasse tantos outros gastos lesivos ao cofre público, como já foram constatados em relação à atual administração municipal. Os estudantes também sabem que no ano ano passado, por conta das eleições, houve de parte do PSDB local e aliados, o uso eleitoreiro sobre estudantes com reajuste deste subsídio. Foi praticado aumento inclusive acima do que os estudantes esperavam e muito deles até votaram no 45 por causa disso. “Há se arrependimento matasse!” disse uma estudante na manifestação de sábado passado.

Nada a ver com o Governo Federal
Houve de parte do Executivo Municipal quem atribuísse culpa ao Governo Federal o corte dos subsídios dos estudantes angatubenses. Balela! O governo federal nada tem a ver com esse repasse aos estudantes. O que o governo federal contribuiu, como jamais o fez anteriormente para Angatuba, foi repassar verbas , convênios, proporcionar benefícios que se a prefeitura não soube aproveitar isso é problema dela, pois se soubesse e administrasse voltada apenas para o povo, não teria havido esse problema dos subsídios para os estudantes.

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