Congresso
tem sessão na terça-feira para examinar vetos presidenciais
Da
Redação | 13/11/2015, 18h10 - ATUALIZADO EM 13/11/2015,
18h14
O Congresso Nacional se reúne na terça-feira
(17), às 19h, para analisar os vetos da presidente Dilma Rousseff. Há
atualmente 13 vetos presidenciais na pauta à espera de votação, sendo seis
destaques pendentes da última sessão, realizada no dia 22 de setembro, e sete
vetos incluídos nas últimas semanas.
Segundo o presidente do Senado, Renan
Calheiros, a realização da sessão é fundamental para limpar a pauta de
votações e possibilitar a apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
da Lei Orçamentária de 2016.
O item mais polêmico da pauta é o veto (VET 26) que rejeita integralmente a
proposta de aumento de até 78,56% para os servidores do Poder Judiciário. O
governo a vetou sob o argumento de que a medida geraria impacto financeiro
contrário aos esforços necessários para o equilíbrio fiscal — a estimativa é de
que o reajuste custaria aos cofres públicos R$ 36,2 bilhões até 2019.
Também sem acordo está o veto (VET 29) à correção dos benefícios de
aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de
acordo com as regras aplicadas ao salário mínimo, ou seja: levando em conta a
inflação acumulada e o crescimento da economia. Os cálculos do governo são de a
mudança aumentaria em R$ 11 bilhões as despesas federais até 2019.
Na pauta do Congresso, estão ainda os vetos
que rejeitaram a dedução de Imposto de Renda para gastos com livros por
professores e seus dependentes, a redução dos cursos com taxas e multas em
terrenos da marinha, o refinanciamento de dívidas fiscais e trabalhistas de
clubes de futebol e entidades esportivas, a alíquota diferenciada de
contribuição patronal na folha de pagamento para o setor têxtil, a apreensão de
veículos em caso de infração de trânsito e as mudanças nas regras de contratos de
refinanciamento de dívidas entre União, estados, Distrito Federal e municípios.
Projetos
de lei
A pauta inclui ainda sete projetos de lei
que, por terem origem em comissões mistas (isto é formadas, por deputados e
senadores), também são submetidos à análise dos parlamentares em sessões
conjuntas, nas quais deliberam os membros da Câmara e do Senado.
Um deles é o PLN 2/2015, que destina R$ 368,26 milhões
para pagamento de benefícios aos cerca de 10 mil aposentados e pensionistas do
Instituto Aerus de Seguridade Social — o fundo de pensão dos ex-empregados das
empresas Varig e Transbrasil. A dívida é decorrente de execução provisória
requerida pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas e pela Associação dos
Funcionários Aposentados e Pensionistas da Transbrasil em 2004.
Por sua vez, o PLN 3/2015 cria uma gratificação para
os representantes dos contribuintes no Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf). O valor apresentado no projeto para
cobertura da despesa com a gratificação dos conselheiros é de R$ 5.662.640,00.
O terceiro projeto é o PLN 4/2015, que possibilita o uso dos
restos a pagar decorrentes de anos anteriores a 2014 para emendas individuais,
no cumprimento da execução financeira referente ao chamado Orçamento
impositivo. Instituído pela Emenda Constitucional 86,
o Orçamento impositivo obriga o governo a executar todas as emendas
incorporadas à lei orçamentária pelos congressistas. A proposta altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015.
Complementando a pauta, os PLNs 8 e 9/2015 abrem nos Orçamentos fiscal e
da seguridade social da União, em favor de diversos órgãos federais, crédito
especial e suplementar no valor de R$ 5.060.000,00 e de R$ 6.050.000,00,
respectivamente.
Já o PLN 18/2015 abre crédito especial de
R$ 120 milhões em favor do Ministério da Justiça, enquanto o PLN 32/2015 abre crédito suplementar
no valor de R$ 331.755.228,00, para reforço de dotações constantes da Lei
Orçamentária vigente. O crédito será no Orçamento fiscal da União,
destinando-se a transferências a estados, Distrito Federal e municípios.
LDO
Após votação dos vetos, os parlamentares podem
votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária de 2016. A
Comissão Mista de Orçamento aprovou nesta quinta-feira (12) o projeto da nova
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que orienta o Congresso Nacional e os
demais Poderes a elaborar a proposta orçamentária de 2016.
Pelo texto aprovado, a meta de superavit
primário do próximo ano será de R$ 43,8 bilhões para o conjunto do setor
público (União, estados, Distrito Federal e municípios), o equivalente a 0,7%
do produto interno bruto (PIB).
Para a União, o superavit será de R$ 34,4
bilhões (0,55% do PIB). Para os demais entes federados, de R$ 9,4 bilhões
(0,15% do PIB). O projeto será submetido agora a votação no Plenário do
Congresso.
Agência
Senado
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