“SE CORRER O BICHO PEGA SE FICAR O BICHO COME”
Uma
análise subjetiva do cenário político/administrativo da nossa gloriosa Estância
Turística de Paranapanema na atualidade nos leva a uma desoladora reflexão.
Metaforicamente falando, causa-nos a sensação de um marujo dentre milhares de
tripulantes a bordo de um “Transatlântico à deriva”, e não sem razão.
O
desencanto da população paranapanemense com a classe política local é tão
acentuado, que se evidenciou nas eleições municipais de 2012. Na oportunidade,
um inexpressivo candidato conhecido pejorativamente como “ET” lançou sua
candidatura à prefeito de Paranapanema pelo Partido Verde (PV), uma agremiação
partidária tão inexpressiva quanto o candidato e sem nenhuma tradição no
município. Porém, para surpresa geral o “alienígena” conseguiu a proeza de
aglutinar simpatizantes em todas as correntes políticas, (inclusive nas
antagônicas), amealhando 5.873 votos, que compreendeu á época, 55,20% dos votos
válidos. Diga-se de passagem, mais que a soma total de votos dos seus
adversários. Um verdadeiro fenômeno eleitoral. Com essa vitória acachapante o
ET desmobilizou as duas principais correntes políticas do município que há
muitas décadas vinham polarizando as contendas eleitorais no município, e
angariou um capital político suficiente para mudar o rumo do “navio” a fim de
evitar um possível naufrágio. Aliás, era o mínimo que esperavam do
“Extra-Terrestre”, os os
eleitores que o elegeram, no entanto, não se sabe por qual motivo, razão ou
circunstância, com apenas sete meses de (des)governo, no dia 30/07/2013,
abandonou o barco, deixando-o à deriva. Como estabelece a legislação eleitoral vigente,
no dia 01/08/2013 tomou posse o seu vice, assumindo o comando apenas de
direito, visto que de fato, supostamente teria transferido-o para seus
ajudantes de ordem, e se acomodado em um camarote no “transatlântico”, onde
aparenta estar repousando em berço esplêndido e aparentemente alheio aos
acontecimentos.
Todavia,
a aparente inexperiência aliada ao desconhecimento dos “marinheiros de primeira
viagem” com relação à operacionalização dos instrumentos de navegação que
compõem o painel de controle da embarcação, mantiveram-na à deriva e propensa
ao naufrágio. Para se evitar uma catástrofe, alem de conhecer as peculiaridades
da carta de navegação, os condutores da embarcação deveriam estar a par de três
informações relevantes: (1) destino do navio, (2) velocidade a
ser desenvolvida (3) rumo. Devido a
suposta falta desse conhecimento básico estariam conduzindo a embarcação para
destino incerto e não sabido. Supõe-se que, caso o comandante tivesse primado
pela meritocracia na escolha de seus auxiliares, provavelmente o barco estaria
navegando com segurança, em águas calmas e para rumo certo.
Ressalte-se,
que em decorrência da provável inapetência com que essa “NAU” vem sendo
conduzida, não se vislumbra outra coisa a não ser uma possível colisão com um
iceberg que poderá pô-la a pique a qualquer momento. Presume-se que nessa
circunstância os condutores da embarcação serão os primeiros a abandoná-la num
bote salva-vidas, como já vimos em filmes. Nesse momento, o comandante de
direito se verá obrigado a deixar a zona de conforto para tentar salvar a
embarcação e a tripulação de uma iminente tragédia, mas aí poderá ser tarde.
Metáforas
e conjecturas à parte, voltemos à nossa preocupante realidade. A sucessão de erros
verificados nessa administração municipal, além de evidenciar o amadorismo dos
acólitos do poder, coloca o mandato do Chefe do Executivo em iminente risco de
cassação. Saliente-se que, motivos para a instauração de uma CPI não faltam. Nossa
convicção está lastreada em cópias reprográficas de alguns documentos que
tivemos acesso, e que sugerem, em tese, favorecimento pessoal a alguns
servidores municipais, contratação irregular de funcionários e desvio de finalidade
de recursos da educação, entre outros atropelos à probidade administrativa.
Há que
se registrar, no entanto, que, apesar da inexpressividade da base parlamentar
do governo no Legislativo Municipal, um fator tem sido preponderante para que
permaneça impune: inércia da edilidade paranapanemense. Todavia, embora não
faltem motivos para a instauração de uma CPI que poderá culminar com a cassação
do mandato do alcaide, vários questionamentos se fazem necessários neste
momento, dentre os quais elencamos alguns que julgamos pertinentes:
01 - O
que seria pior para o município na atualidade, mais um ano de governo
claudicante do PV ou uma solução traumática como a cassação do mandato do
prefeito?
02 – A edilidade paranapanemense encontra-se devidamente preparada para a instauração e tramitação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito com total isenção, imparcialidade, sem paixão partidária ou interesses escusos?
03 -
Quem seria o sucessor do prefeito em caso de eventual cassação do seu mandato?
04 – O sucessor do alcaide estaria tecnicamente capacitado para exercer a função de Chefe do Executivo Municipal?
05 – Seu sucessor teria habilidade política suficiente substituí-lo sem permitir que as coisas piorem ainda mais durante esse mandato tampão?
06 - Para
finalizar, atentemos para um relevante e inquestionável fato: na atual
conjuntura, o presidente da Câmara Municipal é o primeiro na linha de sucessão
em caso de vacância do cargo de prefeito.
Conclusão: Diante das aberrações administrativas e violações às normas legais que acontecem com freqüência no Parlamento Municipal na atual legislatura, conclui-se o seguinte: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!
Conclusão: Diante das aberrações administrativas e violações às normas legais que acontecem com freqüência no Parlamento Municipal na atual legislatura, conclui-se o seguinte: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!
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