“SALVE-SE QUEM PUDER”
De acordo
com nossos registros, a cassação de mandato do prefeito de Itaberá, José
Benedito Garcia, nesta quarta-feira (11/11), totaliza cinco cassações de
prefeitos dos municípios circunvizinhos somente no ano de 2015. Esse dado
estatístico parcial suscita o seguinte questionamento: Porque se cassam tantos mandatos
de prefeitos e vereadores? Geralmente é por que os ditos-cujos perdem a
credibilidade perante a população que se decepciona com a com a falta de honestidade
e de transparência nos seus atos. Sem perder de vista, que, por ocasião das
eleições, prometem muito para se elegerem, porém, no poder, a máscara cai. Como
bem filosou Abraham Lincoln, “Se quiser conhecer o caráter de um homem dê-lhe o
poder”
O cenário
torna-se ainda mais deprimente quando se inicia um movimento visando a degola desses
maus políticos, e os oportunistas, os parasitas que estão mamando nas tetas do
poder público e os partidaristas alienados (militontos) alegam tratar-se de
intriga da oposição que estaria
vislumbrando a prática de um golpe anti-democrático, tendo em vista que o
pseudo político teria sido eleito democraticamente pela vontade soberana dos
eleitores. Ocorre, porém, que, se o eleito tivesse correspondido à expectativa
do eleitorado nos quesitos honestidade, transparência e probidade, não estaria
sendo alvo de qualquer movimento visando sua destituição do cargo eletivo.
Saliente-se,
no entanto, que na Estância Turística de Paranapanema não é apenas a classe
política que deseja o afastamento dos atuais governantes. Saltam aos nossos
olhos o descontentamento praticamente generalizado da população e a rejeição ao
atual governo. Diga-se de passagem, que desde os primeiros meses de governo do
Partido Verde (PV), é visível a insatisfação até mesmo entre seus eleitores,
com as promessas de campanha não cumpridas e com sua desastrosa administração,
que levou o município ao fundo do poço. Além de ter praticado o que se pode
adjetivar como estelionato eleitoral, o prefeito eleito pela sigla renunciou ao
mandato com apenas sete meses de governo, envolto em denúncias de suposto
desvio de recursos públicos destinados à compra de medicamentos. Fato este que
culminou com a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e sua
conseqüente debandada diante do iminente risco de cassação do seu mandato por
improbidade administrativa, devidamente apurada e constatada pela CPI.
Ressalte-se,
que o fato de o vice-prefeito ter sido empossado sem ter sido eleito
efetivamente para o cargo, não tira sua legitimidade, visto que a substituição
do titular da cadeira faz parte da regra eleitoral vigente. Todavia, na
atualidade o Chefe do Poder Executivo Municipal reúne algumas características
comuns a prefeitos que fracassaram e perderam o poder, ou seja, impopularidade,
falta de pulso para comandar, economia arruinada e principalmente, falta de
apoio no Legislativo Municipal. Notoriamente esse governo já implodiu. O
prefeito deveria se conscientizar de que não tem mais condições de governar o município,
pois ao término do penúltimo ano dessa claudicante gestão, o município continua
estagnado em termos de desenvolvimento socioeconômico.
Enquanto o município
caminha para a bancarrota, o prefeito e alguns de seus auxiliares se limitam a
justificar a falta de competência alegando que as dificuldades financeiras são
decorrentes dos pagamentos de contas atrasadas das administrações passadas. Atribui-se
o fato desse governo ainda não ter caído, à inércia do Poder Legislativo que, não
se sabe se por inapetência ou anuência da maioria de seus componentes, tem
demonstrado total indiferença aos desmandos administrativos que vem acontecendo
nessa gestão municipal. Supõe-se que isso seja o reflexo da mentalidade espelhada
pela pobreza de espírito dos cidadãos que elegemos para dirigir o destino do município
e também para fiscalizar os atos do Executivo.
É
verdadeiramente doloroso constatar que muitas das conquistas conseguidas à duras
penas em gestões anteriores, vêm sendo destruídas pela conduta irresponsável e
incompetente de um governo que tanto propagandeou falsamente a ampliação das
condições existentes para o progresso socioeconômico do município e uma atenção
especial às pessoas de classes sociais menos favorecidas. Na atual conjuntura,
reconhecer os próprios erros, admitir sua incompetência para exercer o comando
do Executivo, desculpar-se com os eleitores que foram enganados e com os
cidadãos e cidadãs ofendidos e prejudicados, seriam atitudes nobres, dos
inquilinos do Paço Municipal.
Desencanto e insatisfação são os
sentimentos que hoje predominam sobre os eleitores que votaram no
PV e nos outros
que como eu, não acreditaram no
engodo e tampouco nas falsas promessas, mas que
por força de circunstância, também sofrem as conseqüências desse desgoverno.
Covenhamos
que, sem uma equipe de governo competente e familiarizada com as peculiaridades
do nosso município e sem uma ação efetiva para recolocá-lo no trilho do
desenvolvimento, estaremos partindo do nada para lugar nenhum. Daí a pergunta
que não quer calar: apenas com lamentos e desculpas esfarrapadas como
chegaremos a 2016? Salve-sequem puder!!!
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