Adail Barbosa

Kley Menck vence a queda de braço com seu primo João Carlos Menck pela presidência do PTB

Politicamente falando, nos últimos tempos o fator sorte, habilidade política e competência gerencial têm conspirado em desfavor do ex-prefeito João Carlos Luz Ravacci Menck. Após perder a eleição municipal de 2008 com a máquina administrativa na mão, foi alijado da presidência do Diretório Municipal de Paranapanema pela Executiva Estadual do partido por inoperância. Sua notória incompetência para gerir o partido no município, culminou inclusive com a dissolução o diretório municipal da outrora maior e mais prestigiada agremiação política do município.

Como se não bastasse esses dissabores, o destino acaba de lhe pregar mais uma peça: João Carlos Menck acaba de perder mais uma batalha no cenário político local. Desta feita, não logrou êxito na tentativa desenfreada de assumir a presidência da Comissão Provisória do PTB em Paranapanema, utilizando-se de meios pouco ou quase nada convencionais “para dar uma rasteira” no presidente da legenda, seu primo Walter Kley Menck. Conforme certidão emitida nesta data pela Justiça Eleitoral, o Diretório Estadual do Partido Trabalhista Brasileiro referendou o nome de Walter  Kley Menck para continuar à frente da Executiva Municipal da legenda em Paranapanema por tempo indeterminado.

Em minha opinião, um merecido tributo ao atual presidente que muito tem se empenhado pelo crescimento do partido no município. Sua substituição no exato momento em que seu primo vem sendo apontado pela opinião pública como maior responsável pelo encolhimento e conseqüente dissolução do maior partido de oposição do município em todos os tempos, seria um enorme desprestígio.

Um partido tradicional da envergadura do PMDB carece de uma liderança autêntica que aglutine todas as lideranças políticas em torno de um projeto político para um município tão vilipendiado pelos corruptos que passaram pelo poder. Por outro lado, liderança partidária que se preza prima pela alternância na direção da legenda e pelo crescimento do partido. Já o  incompetente julga-se todo poderoso, cria um diretório cartorial tentando transformar a legenda num feudo, impede a entrada de novas lideranças políticas, evita a criação de chapas concorrentes nas convenções municipais e permanece na direção por tempo indeterminado, consolidando o fim da alternância na direção.

É público e notório que o ex-prefeito perdeu força política no município, e que está desprestigiado pela militância partidária. Isso ficou evidente na convenção municipal do PMDB realizada na Câmara Municipal de Paranapanema no último dia 15 de agosto, que contou apenas com sete participantes. Pelo fiasco que presenciei no evento, cheguei a conjecturar que se João Menck reunisse seus seguidores partidários para um evento qualquer provavelmente lotaria um fusca, hoje, sinceramente tenho minhas dúvidas.