quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço...

 

Pelo que tudo indica, este é o lema do governo municipal da Estância Turística de Paranapanema, no quesito acessibilidade. Minha crítica está fundamentada no fato de ter presenciado os inúmeros transtornos causados á vários pacientes do setor de fisioterapia que funciona no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), situado na Rua Francisco Alves de Almeida n° 870. O acesso para o quintal do imóvel é facilitado pelo rebaixamento da guia, ou seja, do meio fio, no entanto, os ressaltos na varanda do prédio, além de dificultar o acesso de cadeirantes e demais portadores de necessidades especiais, já provocou a queda de alguns pacientes em fase de recuperação. Importante salientar que, apesar de fazermos parte desse núcleo de pacientes, felizmente ainda não fazemos parte das estatísticas dos vitimados pelo descaso do poder público, porém, não podemos compactuar com essa falta de respeito aos usuários desses serviços especializados.

ACESSIBILIDADE

Na acepção da palavra, acessibilidade consiste na possibilidade de acesso a um lugar ou conjunto de lugares. Significa não apenas permitir que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços, e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população visando sua adaptação e locomoção, eliminando as barreiras, consistem também em ter acesso a todo e qualquer material produzido, em áudio ou vídeo, para tanto adaptando todos os meios que a tecnologia permite.

Ressalte-se que nas áreas de arquitetura e urbanismo, a acessibilidade  tem sido uma preocupação constante nas últimas décadas. Atualmente nos grandes centros estão em andamento obras e serviços de adequação do espaço urbano e dos edifícios às necessidades de inclusão de todos os portadores de necessidades especiais visando eliminar os obstáculos existentes ao acesso, modernizando e incorporando essas pessoas ao convívio social, possibilitando-lhes o exercício de ir e vir.


NORMA GOVERNAMENTAL

Nesse contexto, num passado recente o governo municipal da Estância Turística de Paranapanema baixou uma norma tornando obrigatória a construção de rampas de acesso aos portadores de necessidades especiais em todos os estabelecimentos comerciais do município. Uma medida generalizada que sequer levou em conta o segmento comercial, a demanda, ou a lei de oferta e procura.
Ocorre, porém, que, o setor específico da área de saúde pública que trata dessa categoria de pacientes, infelizmente não está devidamente preparado para recebê-los.

CANTILENA

E não venham com a velha cantilena de que a prefeitura não tem recursos para realizar os serviços, pois temos dois fortes motivos para não acreditar, senão, vejamos:

01 – O serviço a ser realizado depende basicamente de mão de obra, e isso a municipalidade tem de sobra. Se houver dúvida, basta fazer um plantãozinho em frente a garagem e observar quantos servidores municipais registram presença no relógio biométrico e vão para casa.
02 – A execução dos serviços depende apenas de areia e cimento em
pouquíssima quantidade. Alem do mais, tudo leva a crer que os cofres da prefeitura estejam abarrotados, visto que no dia 01 de outubro o chefe do Poder Executivo encaminhou mensagem à Câmara municipal, reduzindo em 15% a taxa de IPTU para uma parcela dos moradores do distrito de Campos de Holambra.


RENÚNCIA DE RECEITAS


De acordo com informações de um vereador, o aludido projeto de lei que sugere, em tese, uma renúncia de receitas, estria sendo apreciado pelas comissões permanentes do Parlamento Municipal, e deverá ser votado na próxima Sessão Ordinária.

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