quinta-feira, 12 de novembro de 2015

“SALVE-SE QUEM PUDER”



De acordo com nossos registros, a cassação de mandato do prefeito de Itaberá, José Benedito Garcia, nesta quarta-feira (11/11), totaliza cinco cassações de prefeitos dos municípios circunvizinhos somente no ano de 2015. Esse dado estatístico parcial suscita o seguinte questionamento: Porque se cassam tantos mandatos de prefeitos e vereadores? Geralmente é por que os ditos-cujos perdem a credibilidade perante a população que se decepciona com a com a falta de honestidade e de transparência nos seus atos. Sem perder de vista, que, por ocasião das eleições, prometem muito para se elegerem, porém, no poder, a máscara cai. Como bem filosou Abraham Lincoln, “Se quiser conhecer o caráter de um homem dê-lhe o poder”
O cenário torna-se ainda mais deprimente quando se inicia um movimento visando a degola desses maus políticos, e os oportunistas, os parasitas que estão mamando nas tetas do poder público e os partidaristas alienados (militontos) alegam tratar-se de intriga da  oposição que estaria vislumbrando a prática de um golpe anti-democrático, tendo em vista que o pseudo político teria sido eleito democraticamente pela vontade soberana dos eleitores. Ocorre, porém, que, se o eleito tivesse correspondido à expectativa do eleitorado nos quesitos honestidade, transparência e probidade, não estaria sendo alvo de qualquer movimento visando sua destituição do cargo eletivo.

Saliente-se, no entanto, que na Estância Turística de Paranapanema não é apenas a classe política que deseja o afastamento dos atuais governantes. Saltam aos nossos olhos o descontentamento praticamente generalizado da população e a rejeição ao atual governo. Diga-se de passagem, que desde os primeiros meses de governo do Partido Verde (PV), é visível a insatisfação até mesmo entre seus eleitores, com as promessas de campanha não cumpridas e com sua desastrosa administração, que levou o município ao fundo do poço. Além de ter praticado o que se pode adjetivar como estelionato eleitoral, o prefeito eleito pela sigla renunciou ao mandato com apenas sete meses de governo, envolto em denúncias de suposto desvio de recursos públicos destinados à compra de medicamentos. Fato este que culminou com a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e sua conseqüente debandada diante do iminente risco de cassação do seu mandato por improbidade administrativa, devidamente apurada e constatada pela CPI.

Ressalte-se, que o fato de o vice-prefeito ter sido empossado sem ter sido eleito efetivamente para o cargo, não tira sua legitimidade, visto que a substituição do titular da cadeira faz parte da regra eleitoral vigente. Todavia, na atualidade o Chefe do Poder Executivo Municipal reúne algumas características comuns a prefeitos que fracassaram e perderam o poder, ou seja, impopularidade, falta de pulso para comandar, economia arruinada e principalmente, falta de apoio no Legislativo Municipal. Notoriamente esse governo já implodiu. O prefeito deveria se conscientizar de que não tem mais condições de governar o município, pois ao término do penúltimo ano dessa claudicante gestão, o município continua estagnado em termos de desenvolvimento socioeconômico. 

Enquanto o município caminha para a bancarrota, o prefeito e alguns de seus auxiliares se limitam a justificar a falta de competência alegando que as dificuldades financeiras são decorrentes dos pagamentos de contas atrasadas das administrações passadas. Atribui-se o fato desse governo ainda não ter caído, à inércia do Poder Legislativo que, não se sabe se por inapetência ou anuência da maioria de seus componentes, tem demonstrado total indiferença aos desmandos administrativos que vem acontecendo nessa gestão municipal. Supõe-se que isso seja o reflexo da mentalidade espelhada pela pobreza de espírito dos cidadãos que elegemos para dirigir o destino do município e também para fiscalizar os atos do Executivo. 

É verdadeiramente doloroso constatar que muitas das conquistas conseguidas à duras penas em gestões anteriores, vêm sendo destruídas pela conduta irresponsável e incompetente de um governo que tanto propagandeou falsamente a ampliação das condições existentes para o progresso socioeconômico do município e uma atenção especial às pessoas de classes sociais menos favorecidas. Na atual conjuntura, reconhecer os próprios erros, admitir sua incompetência para exercer o comando do Executivo, desculpar-se com os eleitores que foram enganados e com os cidadãos e cidadãs ofendidos e prejudicados, seriam atitudes nobres, dos inquilinos do Paço Municipal. 
Desencanto e insatisfação são os sentimentos que hoje predominam sobre os eleitores que votaram no 

PV e nos outros que como eu, não acreditaram no 
engodo e tampouco nas falsas promessas, mas que por força de circunstância, também sofrem as conseqüências desse desgoverno.
Covenhamos que, sem uma equipe de governo competente e familiarizada com as peculiaridades do nosso município e sem uma ação efetiva para recolocá-lo no trilho do desenvolvimento, estaremos partindo do nada para lugar nenhum. Daí a pergunta que não quer calar: apenas com lamentos e desculpas esfarrapadas como chegaremos a 2016? Salve-sequem puder!!!



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