domingo, 7 de abril de 2013

BONECOS REPRESENTANDO POLÍTICOS FORAM MALHADOS NO SÁBADO DE ALELUIA

A “Malhação de Judas” ou “Queima de Judas” é uma tradição vigente em diversas comunidades católicas e ortodoxas, introduzida na América Latina pelos espanhóis e portugueses. O ato praticado no sábado de Aleluia consiste em surrar um boneco com a estatura de um homem recheado de palha, serragem, trapos ou jornal, que simboliza a morte de Judas Sacariotes, o traidor de Jesus Cristo. Geralmente, após a malhação os participantes ateiam fogo no boneco, costumeiramente ao meio dia.


IMAGEM EXTRAÍDA DA INTERNET

Tendo em vista a falta de ética, a amoralidade administrativa e, principalmente a falta de seriedade da maioria dos políticos brasileiros, a tradição de malhar o Judas ganhou conotações políticas no Brasil. Sempre que os eleitores se sentem traídos por um determinado político, este se torna o alvo predileto de malhação por parte da população. Os eleitores descontentes confeccionam bonecos  semelhantes aos políticos que trairam sua confiança, e os malham no sentido estrito da palavra, ou seja, a pauladas.

No sábado 29/04 houve manifestações da população em vários municípios brasileiros, inclusive na capital federal, em frente ao Congresso Nacional. De acordo com matérias veiculadas na mídia nacional, dentre os principais personagens escolhidos pelos “malhadores de Judas”, destacaram-se as figuras dos mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputado Marco Feliciano (PSC), entre outros.

IMAGEM EXTRAÍDA DA INTERNET

Provavelmente, em virtude do sentimento de insatisfação de significativa parcela da população em relação a atual administração municipal da Estância Turística de Paranapanema, o herdeiro local do “testamento” de Judas Scariotes, foi o prefeito Márcio Faber (PV). Como já era previsto, o rito tradicional da “vingança pascal” foi praticado neste sábado de aleluia no Distrito de Campos de Holambra, tendo o alcaide como personagem escolhido por seus algozes para representar a imagem do “traidor”.


IMAGEM CEDIDA POR UM FOTÓGRAFO AMADOR

Não se pode olvidar que, apesar de folclórico, nas entrelinhas o ato em si denota revolta e indignação dos eleitores que se sentiram traídos nas últimas eleições municipais.




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