segunda-feira, 1 de abril de 2013

PRIMEIRO DE ABRIL SERIA MESMO O DIA DA MENTIRA?

SORRIA, VOCÊ FOI ENGANADO!

Há muitas explicações para o fato de 1° de abril ter se tormado o dia da mentira e também o dos tolos ou dos bobos. Embora não se saiba a origem da criação dessa data comemorativa, segundo historiadores brasileiros, no ano de 1928 a data passou a ser celebrada no Estado de Minas Gerais, em decorrência da falsa notícia do falecimento de Dom Pedro. Na minha concepção, “O Dia da Mentira” deveria ser comemorado no dia das eleições municipais, de forma regionalizada e em conformidade com o calendário eleitoral. Embora aparentemente estapafúrdia, a ideia não deixa de ser pertinente, senão, vejamos: O chavão "Eu prometo", é um recurso do qual os políticos usam e abusam  nos palanques eleitorais, mesmo conscientes de que suas promessas são irrealizáveis. E quando eleitos, nunca tendem a agir no poder com a mesma simpatia, amabilidade e respeito aos eleitores, devotadas no palanque.  Para não perder o foco da questão, analisemos as promessas do atual prefeito da Estância Turística de Paranapanema no último pleito municipal. Durante a campanha eleitoral de 2012 o então candidato a prefeito, Márcio Faber (PV), apresentou um plano de governo com dezenas de promessas muito ambiciosas. Alheio à precariedade da situação econômica do município que viria a administrar, usou e abusou de promessas mirabolantes que provavelmente jamais serão cumpridas. Umas, por ferir a legislação vigente que norteia a administração publica; outras, por mera questão de inviabilidade econômica; ambas por falta de experiência em administração pública. Dentre as prováveis promessas irrealizáveis, podemos destacar a construção de um hospital municipal; aumento de salário para os servidores públicos do município; ônibus gratuito para os estudantes universitários; criação de um Distrito Industrial para instalação de indústrias e geração de empregos; construção de rodoviárias em Paranapanema e no Distrito de Campos de Holambra, e a construção de uma mini-usina de pasteurização.
Sabidamente, a promessa de realizar em quatro anos o que não foi feito nas duas últimas décadas, não resistiria ao mais simples teste de realidade. Os cidadãos mais atentos notaram de plano que a maior parte das propostas não deveria ser encarada como metas a serem atingidas, mas sim, como mero exercício de retórica. Os tropeços ocorridos nos três primeiros meses da atual gestão municipal evidenciam a inexperiência administrativa e a imaturidade política do chefe do Poder Executivo paranapanemense. Para corroborar com o desgoverno da nossa querida “Princesinha do Vale” (prestes a completar o seu 154° aniversário de emancipação político-administrativa) há também (salvo exceções) uma despreparada e fragilizada equipe de governo.
Importante salientar que a prática de propor metas mirabolantes e irreais não é prerrogativa exclusiva do atual governo, tampouco uma invenção do PV. Num passado não muito distante, promessas ambiciosas e claramente irrealizáveis, já consagraram também alguns dos seus antecessores. Há que se observar, no entanto, que os 5.873 eleitores que votaram o atual prefeito, não esperavam ser enganados novamente. Mas uma luz no fim do túnel alimenta a nossa esperança de um futuro  melhor. De acordo com os resultados oficiais do TSE, dos 13.700 eleitores cadastrados no município, apenas 11.380 compareceram às urnas em 2012. A totalização dos votos válidos no último pleito municipal registrou ainda: 287 votos brancos; 268 votos nulos; 2.320 abstenções; 4.767 votos destinados às outras duas candidaturas. Traduzindo-se em porcentuais, o atual prefeito foi eleito com 55,20% dos votos validados pela Justiça Eleitoral. Porém, no computo geral a leitura matemática do resultado desse pleito eleitoral atesta que 7.642 eleitores não votaram no atual prefeito. Esse resultado demonstra com indiscutível clareza que aproximadamente 56% dos eleitores paranapanemenses não se deixou influenciar pelo engodo eleitoral.

Em tempo: para que não caia no esquecimento da população, eis a reprodução das promessas do prefeito do PV:

 

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