A Prefeitura Municipal da Estância Turística de Paranapanema cancelou o carnaval 2013 por falta de recursos financeiros.
Diante da caótica situação financeira em que se encontra o município, o governo municipal deixou de realizar eventos públicos durante o período carnavalesco, que envolve patrocínio e apoio financeiro público para as festividades momescas de 2013. Revendo o orçamento municipal o atual prefeito concluiu que não havia condições para a realização do evento. A situação econômica do Município não permite a realização do carnaval, e seria irresponsável da parte do gestor público deixar de lado setores essenciais como saúde, educação, assistência social e a manutenção e conservação das estradas rurais, para realizar a festa de carnaval.
Não que a cidade não mereça, pelo contrário, o povo gosta de diversão e precisa se divertir, mas a situação atual não permite gastos dessa natureza. O atual prefeito recebeu um município financeiramente quebrado e cheio de problemas para equacionar. Neste momento seria um gesto irresponsável priorizar o Carnaval, que mesmo sendo uma festa popular importante, não está acima das muitas necessidades e dificuldades que o município vem enfrentando na atualidade.
Em virtude deste cenário, o gestor suspendeu por seis meses o pagamento de fornecedores, com o objetivo de revisar os contratos firmados pela antiga administração. Uma equipe de servidores municipais nomeados pelo alcaide está auditando as dívidas contraídas junto a fornecedores, concessionárias de serviços públicos, pagamento de precatórios e previdência municipal, entre outros. Segundo informação extraoficial, a estimativa é de que o débito correspondente à rubrica de restos a pagar atingirá um montante exorbitante.
O gesto do prefeito Márcio Faber (PV) denota preocupação com a situação financeira do município, em decorrência da dívida incalculável herdada da gestão anterior. A austeridade com que o atual governo municipal vem tratando essas questões sugere em tese, que sua meta seja criar uma estabilidade financeira para o município, pagando e negociando dívidas, tendo em vista que os investimentos necessários somente poderão ser realizados depois de sanadas as dificuldades financeiras da máquina administrativa.
Temos que admitir que o momento é digno de união das forças políticas local, sociedade civil organizada, entidades de classe e a população em geral para ajudar a nova administração municipal resgatar a moralidade pública e, através de uma gestão profissional, moderna e competente, retirar o município do caos em que se encontra.
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